Câmbio em Movimento: Dólar Abaixo de R$ 5,40 e Oportunidades à Vista
Publicado por admin_sc em 13 de agosto de 2025
Nos últimos dias, o mercado de câmbio brasileiro registrou uma virada significativa. O dólar fechou a sessão cotado a R$ 5,3855, o menor patamar desde junho de 2024. Com essa queda, a moeda norte-americana acumula retração de 12,85% no ano frente ao real, colocando nossa moeda entre as mais valorizadas da América Latina e dos principais mercados emergentes.
Esse movimento abre espaço para novas oportunidades, mas também exige atenção redobrada aos fatores que influenciam o cenário.
Por que o real está mais forte?
A valorização recente é resultado de uma combinação de fatores externos e internos:
1. Dólar mais fraco no cenário global
Dados recentes de inflação (CPI) nos Estados Unidos reforçaram a expectativa de que o Federal Reserve possa iniciar cortes de juros já em setembro. Um dólar mais fraco no mundo tende a beneficiar moedas de países emergentes, como o real.
2. Juros elevados no Brasil
Com a Selic mantida em 15%, o Brasil segue oferecendo um diferencial de taxas atraente para investidores estrangeiros. Mesmo diante de incertezas políticas e comerciais, o fluxo de capital externo permanece positivo.
Impactos sobre a economia brasileira
A apreciação do real vem contribuindo para desacelerar a inflação. O IPCA de julho ficou abaixo do esperado, puxado principalmente pela deflação nos alimentos e pela redução nos preços de bens industriais.
Esse cenário fortalece as apostas de que o Banco Central poderá iniciar um ciclo de cortes de juros no começo de 2026. A tendência é que os primeiros movimentos sejam moderados, com possibilidade de aceleração caso a trajetória inflacionária siga controlada.
Reflexos no mercado de capitais
O otimismo também se refletiu na bolsa de valores. O Ibovespa avançou 1,69%, encerrando a 137.914 pontos, impulsionado especialmente por ações ligadas à economia doméstica.
No entanto, o entusiasmo dos investidores perdeu um pouco de fôlego: as projeções de que o índice ultrapasse os 140 mil pontos ainda em 2025 recuaram de 83% para 45% entre as principais gestoras da América Latina.
Pontos de atenção para os próximos meses
Apesar do cenário favorável, alguns riscos seguem no radar:
- Mudanças na política tarifária dos Estados Unidos em relação ao Brasil e ao México.
- Possível desaceleração da economia norte-americana, que poderia reduzir a demanda por exportações.
- Incertezas fiscais e eleitorais no ambiente doméstico, que podem afetar a confiança dos investidores.
O que isso significa para empresas e investidores?
Para quem atua no comércio exterior, turismo ou gestão de investimentos, a queda do dólar pode representar desde redução de custos até oportunidades de importação e renegociação de contratos. Por outro lado, empresas exportadoras precisam reavaliar margens e estratégias para manter competitividade.
Dantas & Nasserala
Assessoria Empresarial com precisão e visão de futuro
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