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Terras-Raras podem transformar o Amazonas em potência mineral, aponta especialista

Publicado por admin_sc em 05 de agosto de 2025

Este conteúdo foi originalmente publicado pelo portal RealTime1, com autoria e direitos reservados ao veículo. Abaixo, reproduzimos o texto completo com finalidade informativa, mantendo o conteúdo original e citando devidamente a fonte.

Enquanto o mundo disputa o domínio de minerais críticos para a transição energética e o avanço tecnológico, o estado do Amazonas guarda um potencial estratégico ainda pouco explorado. Segundo o geólogo e pesquisador João Orestes Schneider Santos, o território pode se tornar uma potência mineral global, especialmente pelas jazidas promissoras nos municípios de Apuí e São Gabriel da Cachoeira.

🔬 Apuí e o Projeto EMA

A região de Apuí abriga depósitos de argilas iônicas ricas em Terras-Raras, com destaque para elementos como neodímio, praseodímio, disprósio e térbio. Testes laboratoriais indicam teores médios de 793 ppm e taxa de recuperação de até 87%, comparáveis aos grandes depósitos da China. A empresa Brazilian Critical Minerals prevê o início da produção entre 2027 e 2028.

🌋 Seis Lagos: uma jazida esquecida

O carbonatito do Morro dos Seis Lagos, próximo a São Gabriel da Cachoeira, é conhecido pelas maiores reservas de nióbio do mundo. Estudos antigos do Serviço Geológico do Brasil apontam 82 milhões de toneladas de Nb₂O₅, mas ainda há lacunas sobre os elementos pesados do grupo das Terras-Raras, como térbio e lutécio. Para Schneider, trata-se de um “gigante adormecido” que precisa ser inserido na política mineral brasileira.

💎 O valor dos elementos

Alguns dos elementos mais valiosos incluem:

  • Lutécio – US$ 664/kg: usado em terapias contra câncer.
  • Térbio, Thúlio, Yttérbio – até US$ 1.980/kg: aplicados em motores elétricos e sistemas ópticos.
  • Disprósio – US$ 454/kg: essencial para ímãs em altas temperaturas.
  • Neodímio e Praseodímio – cerca de US$ 115/kg: base dos ímãs permanentes.

🌱 Desenvolvimento com soberania

Apesar de possuir a segunda maior reserva mundial de Terras-Raras, o Brasil ainda não produz esses elementos em escala comercial. O Amazonas pode ser a chave para mudar esse cenário, desde que haja investimento em infraestrutura, pesquisa geológica e políticas públicas coordenadas.

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